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A Rapariga do Vestido Amarelo

Exteriorizar!

Os últimos dias. As últimas semanas, vá. Têm sido muito de tudo. Têm sido muito de cansativas. Têm sido muito de muitas coisas e sentimentos muito diferentes. Ando cansada por tudo e por nada. Canso-me facilmente de situações, de atitudes, de personalidades. Tenho-me controlado em muitos momentos, porque sinto que em certas situações não é preciso exteriorizar assim tanto. Não preciso disso nem para mim, nem para os outros que estão comigo. É fácil queixar-me, desabafar... O mais difícil é mesmo fazer diferente e perceber que é preciso sempre mudar, é preciso sempre melhorar, nunca nada é bom o suficiente. E no melhorar entra quem me faz de facto melhorar. As minhas amigas que me conhecem de uma maneira que nem eu própria achava possível. Parece estranho estar a dizer as coisas desta maneira, mas às vezes parece que me esqueço de como passo tanto tempo com elas, que se torna muito pouco evitável que não percebam aquilo que estou a sentir, mesmo sem ter de lhes dizer ou mostrar. Sou uma daquelas pessoas que precisa imenso de falar, de exteriorizar "o que me preocupa". Preciso daqueles intervalos no terraço para respirar fundo e contar o que se passou. Preciso daquelas mensagens de madrugada em que os emojis dão para disfarçar algum cansaço. Se calhar por isso precise tanto de estar agarrada ao telemóvel, ao computador, quando estou sem elas. Se calhar, também por isso, sinto que nestas alturas de maior cansaço de tudo, são elas que me agarram e dizem que é para avançar. Às vezes nós não chegamos para nos "acordar" para  a realidade. Vamos sempre precisar de alguém que nos chame à razão. Vamos sempre querer ter alguém que diga: "eu já te conheço muito bem". 

 

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Rumo à Casa Branca

Estou a escrever este post antes de todo o mundo saber do resultado das presidenciais norte-americanas. Este é um post esperançoso, num mundo cada vez mais ignorante em matérias tão importantes como a política. Este é um post em tom de desabafo, pelo mundo em que vivo. É triste. E até aterrorizador. Estamos a falar de uma potência mundial. Estamos a falar do sucessor de Barack Obama. Um senhor. Um presidente. Aqui a questão é: como é que Donald Trump é sequer candidato à presidência dos EUA. Toda a campanha eleitoral traduz a população e a falta de cultura norte-americana. Confesso que nada daquilo que se está a passar neste momento me espanta. Trump nem sequer é político. O normal para os norte-americanos. E os argumentos colocados a debate? Escandalosos e sensacionalistas. O normal para os norte-americanos. Afinal de contas estamos a falar de um país onde o anormal é cada vez mais normal. Onde tudo acontece. Nos EUA para o entretenimento vale tudo, até Donald Trump a presidente. Enquanto escrevo o post leio coisas como "Trump ganha três dos primeiros quatro estados"... Como? Confesso que estas eleições fizeram-me de facto perceber como a cultura europeia e americana têm um fosso gigante entre elas. A Europa tem cultura. A Europa tem feridas muito difíceis de sarar. A Europa teve de lutar pelos seus direitos. E os Estados Unidos da América? O que têm de cultura? Para mim, têm um vazio. Para mim, a Ideia de Europa pode ser gasta, pode até estar enfraquecida. No entanto, o sonho americano deixa mesmo muito a desejar. Hoje só vejo uma vitória possível. Hoje só vejo uma candidata à presidência. Para mim, este candidato até teria alguma piada senão estivéssemos a falar de uma das maiores potências económicas do mundo. 

 

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