Às vezes não basta só sermos bons naquilo que fazemos. É preciso ter estofo e estômago para aguentar. Porque trabalhar em qualquer área não é só limitarmo-nos a fazer aquilo que nos compete e nos pedem, é também saber lidar com a pressão, competição, injustiças. A competição em qualquer meio pode tornar-se demasiado tóxica, mas enquanto profissionais nós vamos ter de saber lidar com ela. Hoje, criticamos gratuitamente os nossos concorrentes. Hoje, vemos desabafos no Facebook que não deveriam sequer sair da nossa cabeça ou coração. É preciso engolir sapos, mas também é preciso lutar muito e nunca cruzar os braços quando nos apontam o dedo. Todos nós lutamos por um lugar ao sol. Por caminhos mais fáceis ou mais difíceis, aquilo que interessa é chegar a algo de superior em relação aos outros. Contudo, acho que se perdem demasiados valores pelo caminho, como a ética. Onde fica a ética profissional neste mundo? Ou a ética pessoal, se assim preferirem. Apontamos o dedo aos outros sem sequer olharmos para nós. Tomamos partidos por tudo e por nada. Por assuntos que não nos dizem respeito e por assuntos que nos deviam dizer mais. O mundo de trabalho pode ser muito mau, pode nem sequer ser aquilo que pensávamos. Mas querem saber uma coisa? Qualquer mundo tem muito pouco de cor-de-rosa. Contudo, não há problema se nunca nos esquecermos dos nossos valores. Se nunca nos esquecermos por onde começámos, porque começámos e onde queremos chegar. Só temos de perceber que a competição requer apenas um simples jogo de cintura, entre os nossos valores e os valores da organização onde trabalhamos. Como em todas as relações, temos de aprender quando devemos fazer cedências.
“No ano em que comemoramos 100 anos, estamos muito entusiasmados com a apresentação ao mundo do novo Keds Collective, um grupo de mulheres inspiradoras que têm um impacto significativo nas suas respetivas indústrias".
"Os membros do Keds Collective são o espelho da individualidade e triunfos quotidianos das mulheres que usam os nossos ténis por todo o mundo – celebrando a força no feminino, a individualidade e a criação do seu próprio caminho para o sucesso.”
A adidas Originals NMD junta-se à família. O resultado é uma nova silhueta construída a partir do arquivo. Com microengenharia BOOST e uma parte superior em Primeknit, os NMD apelam a uma linguagem visual arrojada, prestando homenagem a momentos de inovação da memória colectiva da marca. A seguir aos Tubular, estes são outro fraquinho que tenho... Quero imenso dar uma voltinha num deles!
São cerca de 30 TOP DJs internacionais e nacionais que compõem o line-up da Eletrónica, entre os quais:Carl Cox, Hudson Mohawke, Mano Le Tough, Alok, Gus Gus Ao Vivo e, ainda, Octave One, Nightmares On Wax, Psychemagik, Rodriguez Jr., Paranoid London, DJ Vibe, Diego Miranda, entre muitos outros. O palco tem uma nova estrutura que inclui uma piscina para as Pool Parties.
Se há semanas em que tudo o que pode acontecer, acontece. Esta semana foi uma delas. Trabalhos para entregar, planos fora da rotina, cafés, situações menos engraçadas... Há semanas e semanas. Contudo, o melhor fica sempre para o fim. Ontem. O concerto do Miguel Araújo e António Zambujo. Foi o presente de Natal de mim para mim, e também para o meu pai (a coincidência de datas por passarmos a meia noite do dia do Pai a ver um espectáculo do caraças)!
As expectativas estavam altíssimas porque tive amigos meus que já tinham ido ver e adoraram. Eles são os melhores amigos. Contaram-nos algumas histórias das vidas deles. Animaram o Coliseu inteiro com o seu bom humor. Cantavam entre copos de vinho e um ou outro dedo de conversa. E é tão curioso de ver como o Alentejo e o Norte se cruzam tão bem numa noite de música. Quando o concerto começou, pensei que de facto isto iria correr mesmo muito bem. São duas vozes quase parecidas. E com um estilo tão próprio de portugueses orgulhosos, no caso do Miguel Araújo por colocar a palavra "Boavista" na letra da música da Ana Moura e a ouvir ser cantada no Japão. Atenderam a pedidos de músicas, mesmo dizendo que não "é preciso gritar", e o Miguel Araújo lá cantou um bocadinho do Fizz Limão. Foi um concerto de homens com um romantismo que poucos têm. As letras descrevem as mulheres da forma mais delicada possível e o amor está lá, em cada verso cantado por eles. Porque, aliás, eles dizem que "os homens são feios", mas convidam-nos a ir "ver os aviões" e prometem-nos uma ida à América ou à lua. Já enquanto fingiam o final do concerto e entravam e saíam do palco agradecendo por mais uma boa noite, percebi que eram bons. E que pelo público, o ancore durava mais outras duas horas...
O blogue. Uma marca. Uma empresa de qualquer tipo. Tem uma única voz: vocês. Os seus consumidores, os seus leitores, os seus admiradores, os seus fãs. Quem nos representa, quem nos influencia, quem nos critica (positiva e negativamente!) para que exista uma mudança são vocês. Sem os vossos comentários e partilhas, o blogue não conseguiria seguir um caminho, ou seja, eu nunca conseguiria perceber quais são o tipo de posts que mais gostam, quais são as marcas que adoram. São vocês que influenciam as escolhas dos meus posts. É também por isso que insisto em dizer que este blogue sem a vossa interacção valeria de muito pouco. Para além do facto de um blogue ser feito para a troca de ideias e partilha de opiniões... Um blogue precisa de um caminho a seguir, não necessariamente de uma estratégia, mas de algo que faça sentido ser seguido. E é por isso que vocês são os meus melhores representantes.
Mas para que essas vozes sejam úteis para qualquer empresa ou marca é preciso que alguém as oiça. Ou seja, é preciso perceber o valor destas opiniões e partilhas. É preciso dar-lhes a devida importância. Se é para assumir que existe uma interacção então vamos fazer uso dela. Não vamos criar uma página de Facebook de uma marca só porque é giro e a concorrência também tem milhares de likes. E com isto quero dizer que, se existem páginas do Facebook, então deixem que os vossos fãs e consumidores possam ter algum diálogo. Criem alguma interacção para lá das mensagens automáticas. Porque não há nada mais aborrecido do que sentirmos que aquela mensagem foi enviada para todos os clientes em resposta a assuntos e temas diferentes. Hoje em dia há demasiadas organizações que fazem um uso abusivo da palavra... E deveriam ouvir mais os consumidores. Porque são eles que influenciam empresas. São eles os verdadeiros influenciadores. Aliás, por isso é que nos processos mais básicos de comunicação existem dois elementos: orador e receptor. Tem sempre, sempre, de existir alguém que nos oiça e interprete as nossas mensagens.
Portanto, todos nós exercemos influência sobre os outros. A grande questão é saber como utilizá-la... É saber em que é que aquela influência se traduz.
Ligar o Spotify. Escolher músicas que ainda não tenha ouvido hoje na rádio. Terminar, ou tentar terminar, mais um ou outro assunto. Não dar em nada. Escrever umas frases com sentido, talvez. Pensar que amanhã vai ser mais um dia fora da rotina, e ainda bem. Contudo, não tenho tempo porque o cansaço se apodera de tudo aquilo que quero poder fazer. Para a semana acho que estou de férias, mas já sei que vão surgir sempre novos trabalhos, porque são férias entre aspas. Eu acho que isto não é um post, mas uma tentativa de desabafo. Contudo, tentei. Amanhã há um post com um bocadinho mais de conteúdo. #sorry
A Internet mudou-nos. As redes sociais mudaram-nos, ainda mais. Nós mudamos, seja pela influência dos outros ou não. Contudo, há factores tão dominantes nas mudanças das últimas gerações como é o uso excessivo e abusivo do mundo da Internet. Como em quase tudo, aquilo que é usado em demasia nunca poderá ser tão saudável assim. Hoje, expomos-nos demasiado. Postamos uma fotografia no Instagram do nosso almoço e estamos a dizer às pessoas que nos seguem (e não só!) onde estamos nesse preciso momento, quase como um convite. Postamos um estado no Facebook e provavelmente os nossos seguidores vão ficar a saber que já temos a carta de condução ou que mudámos de namorado. Postamos um vídeo no Snapchat e pode não ter o conteúdo mais interessante de sempre, mas vamos ficar a saber quem é que segundos depois dessa partilha está online. Já não há mistério em lado nenhum. Mostra-me o teu Facebook e dir-te-ei quem és. A partilha constante. A quase obrigação de partilha. A criação contínua, e sem filtros, de conteúdos que preferíamos nem sequer saber. Será que já não existem barreiras? Será que levamos o conceito de 'partilha' demasiado à letra?
E porque é que se temos essa possibilidade de não nos expormos o continuamos a fazer? Comportamo-nos de uma maneira "demasiado social", quando na realidade somos as pessoas mais isoladas deste mundo. Porque se eu dissesse que aquele pessoa super extrovertida no Facebook é afinal umas das pessoas mais tímidas que já conheci, talvez começássemos a perceber como os social media nos iludem. E como, se calhar, partilhamos demasiado sobre nós, mas nunca ninguém nos chega a conhecer num contexto mais real - fora do online. Acho que com a evolução da Web e o facto de passar a ser possível criarmos os nossos próprios conteúdos, os conceitos de banal e ilusão ganharam ainda mais peso neste mundo. Banalizou-se o conceito de partilha. E criou-se a ilusão de certos e determinados estilos de vida que não existem.
Para terminar, partilho uma história que ilustra bem este sentimento ilusório criado pelos social media. Essena O'Neill tem apenas 18 anos, mas desde os 16 que é "modelo" no Instagram, visto que as marcas chegam a pagar a algumas "modelos" com muitos milhares de seguidores para partilharem uma foto com o seu produto. Hoje Essena tem mais de 32K de seguidores, mas foi em Novembro de 2015 que decidiu apagar 2000 fotos da sua conta de Instagram e alterar o nome do perfil para "Social Media Is Not Real Life". Esta modelo decidiu revelar tudo, nomeadamente, as suas fraquezas - coisa que escondia na grande maioria das imagens partilhadas! Decidiu, então, mostrar a quem a seguia toda a verdade, "the real life". Acho importante, mesmo muito importante, pensar no "antes" e "depois" da utilização de Instagrams, Facebooks,... Existiram mudanças e existirão ainda mais mudanças no futuro. O verdadeiro significado de interacção está a mudar...
[o esclarecimento de Essena O'Neill publicado no seu canal oficial do YouTube]
O pensamento de Essena pode até ser um pensamento idílico, mas já todos nós chegámos às mesmas conclusões. Contudo, nunca quisemos fazer uma mudança tão radical como esta modelo, porém acho necessária uma reflexão sobre este tema.